quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Outras reflexões sobre a existência de Deus


DARWIN E A CRIAÇÃO

E então a nossa razão, perscrutando o porquê de toda a esta criação maravilhosa, ouve também e sobretudo que os céus anunciam a Bondade de Deus!
E o coração sente-se forçado a amá-lo.
Uma tradutora francesa das obras de Darwin enviava-lhe os parabéns por ele ter suprimido em sua evolução a ideia da criação. Não sabia que Darwin escrevera: «Eu nunca fui ateu nem neguei nunca a existência de Deus»! O filósofo respondeu-lhe: «a teoria da evolução é perfeitamente compatível com a crença em Deus. A impossibilidade de conceber que este grande e admirável universo, com o nosso eu consciente, apareceu por acaso, parece-me o argumento principal da existência de Deus». Cfr. D'Herbigny, Théologie du Révélé.

ROUSSEAU E A EXISTÊNCIA DE DEUS

Em vista de tantas provas óbvias e ao alcance de todos, que admira se lhe venha juntar ainda outra: o consenso universal de todos os povos na existência de um Ser Supremo a quem todos os homens estão sujeitos? Sim: que insignificante o número dos que através das idades se lembraram de gritar que não há Deus, se os cotejarmos com os que afirmam a Deus?!
No coro universal da humanidade essas vozes diluem-se de tal modo que mal chegam a desafinar no conjunto, ninguém nega a Deus — concluía Santo Agostinho — a não ser aquele a quem convinha que não existisse» (1).
Até Rousseau confirmava «que se alguém se esforça por rejeitar a existência de Deus é porque os seus costumes lho fazem temer» e dizia também: «ponde a alma em estado desejar que haja Deus e já não duvidareis da sua existência» (2).

(1) Tract., 70, in Joan.
(2) Cit. por Mgr. Rutten, Bispo de Liége, na Semaine religieuse de Namur.

CREDO! CREIO!

Hoje, hora de impiedade e de crime em que se divide o mundo em dois partidos: os que são por Deus e os que são contra Deus, põe-se-nos de novo e urgentemente a interrogação: Crês num só Deus? A resposta tem que ser um grito da alma e de todo o nosso ser; um brado que ecoe na terra toda como um protesto e suba ao céu em acto solene de repa­ração à glória de Deus ultrajada: Credo: Creio!

Os três textos anteriores são extraídos do livro Regresso ao Lar, do jesuíta Mariano Pinho.

Sem comentários:

Enviar um comentário